É preciso estar preparado para mudanças que a tecnologia traz ao mercado da Construção Civil. A transformação tecnológica tem recriado o mundo e a forma como os seres humanos são capazes de construí-lo. Materiais mais resistentes e sistemas automatizados, cada um a seu modo, contribuem para dar vida a inovações na Construção Civil. Essa é uma das áreas que se vê mais beneficiada por descobertas que ajudam a reduzir custos com novos modelos de processos que incluem máquinas e equipamentos como principal estratégia. Tudo isso para alcançar metas de menores prazos e maior sustentabilidade nos projetos.

De acordo com o Boletim de Tendência divulgado pelo Sebrae em novembro de 2016, a perda dos materiais totais usados em uma obra pode chegar a 6%. Em sistemas produtivos como o do Japão, o desperdício cai pela metade, isso porque o uso de modelos como o BIM (Building Information Modeling) já é muito avançado do outro lado do planeta. Tudo porque lá se investe mais em planejamento pré-obra do que em métodos "enjambrados" conforme surgem problemas no decorrer da execução dos projetos.

Outro fator para o qual a tecnologia inovações na Construção Civil é a mão de obra, responsável por 40% do valor de um projeto. Para este caso, a melhor resposta é a automação, ou seja, a substituição do humano pela máquina.

São cinco as principais tendências que começam a trazer inovações na Construção Civil, preparando um futuro em que a realidade aumentada guiará os projetos rumo a melhores versões. Algumas dessas tecnologias, porém, são mais bem aceitas no mercado brasileiro do que outras.

BIM ou Modelagem da Informação da Construção

Redução de custos, combinada à diminuição do prazo de entrega e do risco de erros. Essa receita faz do BIM um recurso facilmente assimilável às práticas da Construção Civil. Tudo porque ele acrescenta aos projetos 2D e 3D associando informações, desenhando um cenário em 4D.

Isso faz com que projetistas, engenheiros, orçamentistas e clientes fiquem mais próximos do resultado desejado, mesmo que a obra ainda esteja nas etapas iniciais de preparação do solo. É como olhar para um terreno e conseguir visualizar não somente as dimensões da obra, mas possíveis problemas e potenciais ainda não explorados. Eis um dos maiores ganhos entre as inovações na Construção Civil.

Você já imaginou a possibilidade de interagir com o projeto antes que ele esteja finalizado? Visualizando, por exemplo, todo o sistema hidráulico sem precisar de buracos em pisos e paredes? É isso o que faz a Modelagem da Informação da Construção que marca as inovações na Construção Civil. O BIM não somente mostra em 3D a aparência da construção, mas permite que alterações sejam feitas em conjunto por todos os envolvidos no projeto, até o cliente. O sistema integra informações sobre quantidade, fabricante, modelo, tamanho, preço em uma só ferramenta, permitindo controle total de instâncias complementares, como a de custos e a de investimentos.

O BIM ainda torna mais acessíveis as tecnologias de realidade aumentada, sintoma das inovações na Construção Civil. A tecnologia BIM está no Brasil há mais de dez anos e integra: Arquitetura; Estrutura; Instalações; Análises

Tudo isso em um modelo de processamento voltado a diversas atividades, como: Planejamento; Design; Edificação; Gestão da Construção Civil

Não esqueça que investir em BIM significa também dedicar investimentos à capacitação de profissionais que atuem dentro dessa metodologia.

Da realidade aumentada aos aplicativos e drones

A Realidade Aumentada (RA) vai muito além do BIM e chega para substituir de vez as maquetes mostrando caminhos para inovações na Construção Civil. Não há necessidade de usar cópias impressas para tornar real a experiência dos modelos dos projetos. Projeções em três dimensões tomam conta de um mercado, até então, baseado em técnicas artesanais. Tudo isso é feito e compartilhado com clientes por meio de aplicativos.

Levar o cliente ao canteiro de obras ou mostrar apenas a planta baixa pode não causar a impressão esperada. Nem todo mundo sabe ler os projetos ou consegue ter a visão de como tudo vai ficar ao final. Um cliente pode até se assustar com o andamento da obra quando visita o canteiro, pois não está acostumado a acompanhar a evolução de uma construção. Isso tudo pode causar desentendimentos quanto aos prazos e metodologias aplicados.

Além disso, o canteiro é um local de risco para os que não estão preparados a circular por ele. Neste cenário, a RA traz benefícios nas vendas para novos cliente e para fidelização da clientela atual. Imagine que uma incorporadora venda imóveis na planta e que para isso possa fazer um passeio com o cliente no meio do escritório, mostrando etapas atuais e o futuro, com requintes de detalhes que não deixarão o cliente ter incertezas sobre o investimento que fez ou fará. A RA causa uma impressão de realidade que não deixa dúvidas.

O objetivo de inovações na Construção Civil como os sistemas de RA típicos é imergir o usuário em um ambiente projetado por computador. Na pesquisa de mestrado de Rodrigo Rosa Amorim, fica claro que, para isso, é preciso integrar imagens reais e virtuais, combinando referências desses dois mundos. As pesquisas em RA concentram-se em dois aspectos que buscam soluções para os sistemas:

- Métodos de registro desses dois tipos de imagem, real e virtual, e de sincronia;

- Tecnologias de exibição que misturem essas duas fontes imagens.

O investimento em RA, mais uma certeza da presença de inovações na Construção Civil, permite ver além do real e do virtual, simultaneamente. Somado a este investimento, o uso de drones tem sido uma fonte de imagens inesgotável e tem contribuído, principalmente, em casos que o terreno não permite acesso ou que é preciso vislumbrar o todo.

Antes dos pequenos robôs voadores automatizados era muito mais difícil conseguir uma visão do todo no canteiro de obra, muitas vezes era preciso sobrevoar de avião ou helicóptero para obter imagens aéreas. Com essas mini aeronaves manejadas por controle remoto é possível fazer levantamentos topográficos, inspeções, acompanhamento de obras. Drones podem ser usados, inclusive para monitorar o trabalho ou, em casos extremos, atuar em resgates em casos de acidente no canteiro de obras.

Estruturas mistas de aço e concreto

A história do light steel framing começa entre 1810 e 1860 nos Estados Unidos, quando colonizadores buscavam alternativas para o crescimento populacional. Eles precisavam de um modo rápido e barato de construção. Encontraram nas estruturas de madeira a melhor alternativa para inovações na Construção Civil. Hoje, essa mesma lógica usa um material mais seguro e resistente: o aço.

Esses perfis de metal formam a estrutura, preenchida por placas feitas de materiais como gesso ou cimento. Embora reúna benefícios, a técnica do steel frame ainda é pouco usada por construtoras brasileiras e promove uma revolução silenciosa no setor.

Esse tipo de construção integra o sistema CES (Construção Energitérmica Sustentável) e apesenta algumas vantagens de inovações na Construção Civil, principalmente em relação aos processos mais clássicos de construção, como a alvenaria: Estimula grande variedade de serviços; Independe de condições climáticas; Reduz em 30% o custo global da obra; Diminui prazos para até 1/3 do tempo necessário, sendo que obras de até 100m2 podem levar 30 dias para serem finalizadas; Reduz riscos de acidente de trabalho; Por ser mais leve, garante mais segurança por aliviar o peso depositado nas fundações da obra; Combina melhor isolamento acústico e térmico.

Mas alguns aspectos devem ser levados em consideração neste tipo de sistema, pois a leveza da estrutura exige cuidados como: Existe um limite de até cinco andares por construção; Dependendo do material usado no interior, as paredes não suportam objetos pesados, como móveis aéreos e prateleiras; A mão de obra especializada ainda é rara no Brasil.

Descoberta de novos materiais

O light steel framing já tem o próximo passo de sua evolução desenhado. Isso porque pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) recentemente criaram um material dez vezes mais resistente do que o aço e ainda mais leve, por ter apenas 5% da densidade que o metal apresenta. Você deve estar se perguntando: qual matéria prima que permitiu tal ganho? O grafeno comprido e fundido é a resposta que dá novos sentidos às inovações na Construção Civil.

O material desenvolvido pelo MIT tem forma especial e é 10x mais resistente do que o aço

Mais importante ainda do que a matéria prima, baseada em recombinações de carbono, a geometria é responsável pela resistência incomum desse novo recurso diante das altas pressões provocadas pelo peso das obras. O uso desse novo rearranjo do grafeno será voltado a grandes edifícios e pontes, por exemplo. Mas por ser poroso, o material tem ainda a capacidade de funcionar como filtro.

Automatização de canteiros de obras e dos ambientes com a "Internet das Coisas"

Como seria um canteiro de obras automatizado? Reuniria todas essas inovações na Construção Civil, em benefício de melhores resultados. Do BIM aos aplicativos, drone e novos materiais. Substituiria mão de obra braçal por máquinas automatizadas, pranchetas por softwaree ferramentaria pesada por soluções tecnológicas robustas. No futuro, o controle de todas as etapas da obra será feito por meio de aplicativos com interface simples e cada vez mais baseada na Realidade Aumentada.

Com a tecnologia e as inovações na Construção Civil será possível se tornar onipresente e estar ao mesmo tempo caminhando pelo canteiro, porém, dentro do escritório climatizado. É importante deixar claro que nada substitui a presença in loco, mas nem sempre tudo precisa ser resolvido indo à obra. Há funções mais estratégicas que precisam ser levadas a sério pelo engenheiro, como o atendimento e a fidelização dos clientes, que cada vez mais têm acesso a informações sobre os métodos e processos da Construção Civil.

A a automação se dá nos diversos níveis de um projeto e permite integrar canteiro e construtora. Da concepção da ideia à logística e execução, tudo envolve inteligência.

Sem a IoT (Internet das Coisas) o canteiro automatizado seria apenas um sonho de inovações na Construção Civil muito distante para os engenheiros. Com essa tecnologia, os objetos são capazes de se comunicar e gerenciar informações que tornam a vida mais fácil de viver. Dispositivos permanecem conectados à internet e trocam dados entre si, evitando a operação manual de funções de controle dos estágios da obra, por exemplo. Todas as informações sobre projetos gerenciados por engenheiros ficam na nuvem, assim como as aplicações que dão alma a essas ideias. Elas não saem mais do papel, mas de bits dotados de lógica, que se tornam cada vez mais próximos de uma inteligência artificial.

Saber o que está se passando no mundo tecnológico significa se manter em dia com o mercado e as inovações na Construção Civil, que continuam a ocorrer muita além deste texto. Essa é uma área extremamente influenciada por novas técnicas, processos e materiais. Por isso, fique por dentro de informações estratégicas que o blog do Sienge traz para você!



FONTE: sienge