Da mesma maneira que a água limpa chega a sua casa, a água suja precisa sair. Embora em muitos locais o saneamento seja escasso e esses resíduos sejam descartados nos corpos d’água ou até mesmo nas ruas, eles devem ser passados por tubulações subterrâneas até chegar às ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto. O trabalho das ETEs é acelerar um processo normal que ocorreria no curso de água, mas bem mais rápido, que é submeter o esgoto a uma alta concentração de bactérias que vão se alimentar da matéria orgânica e eliminar a sujeira.
Assim que chega à ETE, o esgoto passa por diversos processos que vão auxiliar a volta para o rio em forma de água mais limpa, mas não pronta para o consumo. Um dos subprodutos gerados nesse processo de tratamento do esgoto é o gás metano, que pode ser utilizado para a produção de energia. O sistema consiste em coleta, filtração e armazenamento do biogás. Quando a energia produzida é maior que a demanda energética da companhia de água, o excedente é fornecido para a companhia de energia da região. Infelizmente, o processo não é tão rentável para algumas companhias, que ainda queimam o gás a céu aberto, liberando gás carbônico para o meio ambiente. Às vezes é complicado tentar entender aquilo que não vemos, sendo difícil imaginar onde vai parar o esgoto após sair das nossas casas.
Portanto, na próxima vez que der descarga, pense que o resíduo do seu resíduo pode gerar energia. Já que o assunto é esgoto, vale lembrar que no dia 19 de novembro comemorou-se o "Dia da Privada". O motivo da data é lembrar as pessoas que existem coisas que não foram feitas para descartar no vaso sanitário, pois são elas que dão muita dor de cabeça para os operadores das ETEs. São alguma delas: Cotonete, fio dental, óleo de cozinha, medicamento, ponta de cigarro, poeira de varrição de casa, fio de cabelo, pelos de animais, tinta que não seja à base de água, querosene, gasolina e solvente.
Fonte: Blog da Engenharia