Parece que os norte-americanos querem cada vez mais investir em armamentos mais poderosos. O novo destróier americano Zumwalt DDG 1000 custou US$ 7 bilhões – preço do desenvolvimento do projeto, mais a construção da primeira unidade de uma série de três. Segundo Júlio Penteado, engenheiro naval com especialização militar, o desenho revolucionário e as inovações "estabelecem referências que não poderão ser ignoradas no planejamento das frotas modernas".
O casco e os nódulos do navio são feitos de titânio, tornando-o quase invisível ao radar e a sensores eletrônicos. A representação nas telas de busca equivale à de um barco de pesca de pequeno porte. Nas máquinas, um sistema de troca de calor reduz a temperatura e evita a localização pela emissão de ondas térmicas. Segundo definição da Marinha Americana, o navio é para múltiplas missões, como lançador de mísseis e "dedicado a ataques contra alvos em terra". O lote pretendido inicialmente de 32 unidades deve chegar a 24 contratadas até 2030, com expectativa de vida útil além de 2060. "Ele será o suporte da política de Defesa dos EUA na região da Ásia e do Pacífico", avalia o analista Jay Korman, lembrando que "o preço proibitivo dessas primeiras embarcações será inevitavelmente reduzido na sequência do contrato".
Escassamente tripulado, com 140 militares que não serão vistos, tem grande poder de fogo. Ao menos 80 mísseis de cruzeiro Tomahawk – com alcance entre 800 e 1.300 quilômetros e ogiva de 450 quilos de alta precisão, combinados com os antiaéreos, foguetes e torpedos, compõem o arsenal regular. A artilharia fixa usa granadas propelidas capazes de cobrir até 100 quilômetros.
Fonte: Engenharia é