Cresce presença de mulheres em profissões classificadas como masculinas como engenharia
Profissão que já foi reconhecida como essencialmente masculina, a engenharia tem atraído cada vez mais mulheres. Em 1991, dos 13.632 concluintes de todos os curso de engenharia do País, apenas 2.251 eram mulheres, ou seja, 16,5% do total. Em 2012, essa proporção já era de 25,21%. Os dados são do MEC (Ministério da Educação).
Para o engenheiro civil Osmar Barros Júnior, vice-presidente do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), esta mudança se deve a uma redução do preconceito.
— Um aspecto importante é que o preconceito diminuiu muito. Hoje você encontra mulheres trabalhando em canteiros de obras, alunas dos primeiros e segundo anos estagiando nestes locais.
Para Barros, o próprio mercado de trabalho hoje está muito mais acessível para as mulheres.
—Têm muitas mulheres trabalhando na parte do gerenciamento e planejamento. Estas áreas antigamente eram "exclusivas" dos homens. Hoje elas estão vendo que este mercado existe.
A proporção entre homens e mulheres nos cursos de engenharia varia de acordo com a especialização, lembra Barros, que também é professor. Ele destaca que, na década de 1990, chegou a dar aulas em turmas sem nenhuma mulher. Hoje a proporção já é de quase metade nas matérias que leciona.
— É uma profissão na qual as mulheres têm plenas condições de trabalhar. Eu acho que, culturalmente falando, está havendo uma evolução.
Não só na conclusão dos cursos, as alunas de engenharia também estão se destacando durante a graduação, relembra Barros.
— No Crea em São Paulo, temos um prêmio chamado "Prêmio de Formação Profissional", para os alunos de todas as engenharias do Estado de São PAulo. O número de mulheres que se destacam e são premiadas tem crescido ano a ano.
Um dos reflexos da presença feminina também pode ser visto entre o número de conselheiras do Crea—SP. Este número também cresceu fortemente nos últimos anos, concluiu o engenheiro.
Fonte: R7