Bastante comum em alguns países da Europa, como Alemanha, Inglaterra e Itália, os painéis solares e fotovoltaicos surgem como forma de reduzir os custos na conta de luz e na emissão de gás carbônico (CO²). No Brasil, esta fonte ainda não é tão aproveitada quanto poderia, já que estamos situados em uma zona tropical e que dispõe de alta incidência de radiação solar.
[p]Mas a procura por esse meio de captação de energia tende a aumentar. Pelo menos é no que acredita o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo - CAU/SP, Afonso Celso Bueno Monteiro. "O alto preço para a instalação desses painéis era até então um impedimento muito forte. Mas estamos vendo uma tendência de queda no custo e, em contrapartida, um interesse maior das pessoas em adotá-los", diz Monteiro.
Hoje, segundo o presidente do CAU/SP, o custo de uma instalação fotovoltaica básica em uma casa para cinco pessoas é de R$ 4 a R$ 5 mil. Se adicionar outros equipamentos, como bomba e bateria, o preço sobe um pouco mais. "Por conta disso, esses painéis são mais comuns em lugares de difícil acesso à eletricidade", acrescenta. Mas, ele também ressalta que a queda do valor pago logo nas primeiras contas de eletricidade é bem visível. "Esse sistema permite poupar até 70% da energia elétrica de uma casa, e o retorno do investimento vem em até 3 anos", diz Monteiro.
No entanto, há diferenças entre os painéis solares e fotovoltaicos. "É comum haver essa confusão entre um coletor solar térmico e a placa fotovoltaica. A placa fotovoltaica converte a energia solar em energia elétrica que gera energia para o funcionamento dos aparelhos, como geladeira, televisão e computador. Já o painel solar é um equipamento mais simples e transforma a radiação solar em energia térmica para o aquecimento de águas de piscinas, chuveiros e torneiras", explica Monteiro.
O presidente do CAU/SP relata ainda como é a capitação de energia para um painel fotovoltaico. "Os coletores são montados de uma forma que a absorção de radiação solar incidente seja a melhor possível. Quando o céu está claro e sem nuvens, o painel está produzindo 100% de sua capacidade. Já em dias chuvosos ou nublados, essa porcentagem é menor. É importante ressaltar ainda que os painéis não acumulam a energia produzida se não houver uma bateria para o armazenamento, o que encare ainda mais a instalação".
O painel fotovoltaico é instalado no telhado da casa com um medidor digital de energia, o sistema injeta o excedente na rede da concessionária local que é revertido em créditos para serem utilizados quando o consumo superar a geração.
Fonte: Portal Brasil Engenharia