Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova abordagem para retirar energia da dissipação de calor.
A nova técnica não tem qualquer relação com o efeito termoelétrico normalmente usado, que depende de materiais caros do estado sólido, aproveitando, em vez disso, o fato de a voltagem de baterias recarregáveis variar conforme a temperatura.
Segundo o Red Orbit, a nova técnica baseia-se no chamado efeito termo galvânico e combina os ciclos de carga-descarga destas baterias com calor e arrefecimento, de modo que a voltagem de descarga seja maior que a da carga. Assim, mesmo as diferenças relativamente pequenas de temperatura podem ser aproveitadas com eficácia.
Para começar, a bateria sem carga é aquecida por calor dissipado. Então, com temperatura mais quente, ela é carregada. Uma vez totalmente carregada, é arrefecida. Como a voltagem de carga é mais baixa em altas que em baixas temperaturas, uma vez arrefecida a bateria pode produzir mais energia do que a usada para carregá-la. Esta energia extra, claro, vem do calor acrescentado ao sistema.
Yi Cui, professor de ciência dos materiais e engenharia de Stanford, e um dos autores do estudo publicado na Nature Communications, diz que "virtualmente todos os processos de usinas de energia e instalações como siderúrgicas e refinarias libertam quantidades tremendas de calor de baixa intensidade no ambiente".
"A nossa nova tecnologia de bateria quer se aproveitar deste gradiente de temperatura em escala industrial", explicou.
[p]Segundo Seok Woo Lee, estudante de pós-doutorado de Stanford, a nova tecnologia "tem a vantagem adicional de usar materiais abundantes e baratos e processos de fabrico que já são amplamente utilizados na indústria de baterias," explicou.
Fonte: Engenharia é