Obra do edifício que desabou em Aracaju, no Sergipe, não era acompanhada por engenheiro civil


Segundo Crea-SE, queda da estrutura pode ter sido causada por construção de um andar a mais do que o previsto no projeto.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) constatou que o edifício residencial que desabou no último sábado (19) em Aracaju, no Sergipe, estava sendo construído com um andar a mais do que o previsto no projeto e sem acompanhamento do engenheiro responsável. Segundo o presidente do Crea-SE, Jorge Silveira, o engenheiro da obra abandonou a construção ainda na fase de fundações e não foi contratado um substituto.

O desabamento do edifício de quatro andares que, segundo Silveira, foi projetado para ter apenas três, pode ter sido causado pela sobrecarga de 25% à estrutura, já que as fundações foram feitas de acordo com o peso previsto pelo projeto inicial. A queda soterrou uma família que dormia no térreo do edifício. Foram resgatados o servente de pedreiro Josevaldo da Silva, sua esposa Vanice de Jesus e os filhos do casal Ane Gabriele de Jesus e Ítalo Miguel, de onze meses, que morreu a caminho do hospital.

Segundo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emurb), da Prefeitura de Aracaju, o proprietário tinha licença para fazer a construção, uma vez que o projeto de elaboração da obra foi aprovado pelo engenheiro responsável. Para Silveira, a construção de mais um pavimento só foi feita porque a obra estava sem a supervisão de um engenheiro há mais de um ano.

As causas do acidente serão investigadas e o laudo deverá ficar pronto em até 30 dias.

Fonte: Kelly Amorim, do Portal PINIweb