Controle de pressão na rede, uso de dispositivos economizadores e programa de manutenção predial são as armas da engenharia contra o desperdício

Os baixos índices pluviométricos registrados desde meados de 2013 vêm provocando a redução do volume de reservatórios e da vazão dos rios que abastecem diversos municípios da região Sudeste.


Há pouco mais de seis meses, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a captar água da reserva técnica do Sistema Cantareira, conjunto de reservatórios que abastecem parte da Grande São Paulo e algumas cidades do interior do Estado. No Triângulo Mineiro, Uberaba, Uberlândia e outras cidades do entorno enfrentam episódios de falta d'água devido à redução da vazão dos rios da região. O mesmo ocorre com o Rio São Francisco, no centro de Minas Gerais, e o Rio Paraíba do Sul, que atende o Rio de Janeiro.

Aos poucos, o racionamento de água se torna uma realidade para uma parcela cada vez maior da população. Em algumas regiões, a situação pode continuar crítica mesmo depois da temporada de chuvas, que termina em março de 2015, caso as precipitações não recomponham as fontes hídricas.


Nesse contexto, soluções técnicas para estoque de água e redução do consumo passam a ser mais valorizadas pelo mercado imobiliário.

A cadeia da construção civil já trabalhou em documentos e programas que incentivam o uso racional da água em edificações, como o Manual de Conservação e Reúso de Água em Edificações. A publicação, de 2005, foi elaborada por meio de uma parceria entre a Agência Nacional de Águas (ANA), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Mas, segundo o engenheiro Mario Augusto Baggio, sócio-gerente da Hoperações Consultoria, o setor ainda carece de iniciativas nesse sentido. 'São esforços isolados que não têm continuidade', acredita.

Fonte: PiniWEB