A ONU divulgou no dia 24 de fevereiro um alerta mundial sobre os efeitos da escassez de água. Segundo o relatório, muitos países estão perto de enfrentar situações de desespero e conflito por falta d’água. Isso seria uma barreira não só à saúde das populações, mas também ao crescimento econômico e à estabilidade política.
Segundo os pesquisadores, daqui a apenas dez anos, 48 países não terão água suficiente para as suas populações. Isso atingiria quase três bilhões de pessoas. E até 2030, a demanda por água doce no planeta deverá ser 40% maior do que a oferta. O relatório destaca o desafio de administrar a oferta de água no meio de tantas mudanças climáticas, mas também aponta outro problema: a corrupção, que chega a absorver 30% do que poderia ser usado em projetos de abastecimento e saneamento básico.
O levantamento foi feito em dez países, entre eles Bolívia, Canadá, Uganda, Paquistão e Coreia do Sul, mas as conclusões valem para o mundo inteiro. As recomendações da ONU são as seguintes:
- Que a agricultura busque técnicas para usar menos água sem comprometer a produção;
- Que a geração de energia preserve a água e o meio-ambiente;
- Que os governos sejam rápidos e transparentes na busca de melhorias.
Corinne Wallace, uma das autoras do relatório, explica que a água tem que ser uma prioridade. Indivíduos, indústrias, políticos, sociedade civil. "Todo mundo precisa fazer a sua parte", diz ela. "E a hora é agora".
Fonte: Globo - Jornal Nacional