Um grupo de engenheiros do Departamento de Engenharia e Ciências dos Materiais da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveu filtros de ar avançados especialmente destinados à purificação do ar contaminado das grandes metrópoles chinesas, permitindo, entre outras aplicações, melhorar a qualidade do ar interior dos edifícios.
Estes filtros são muito mais eficientes que os convencionais, especialmente na captura das partículas de tamanho reduzido.
Os investigadores utilizaram materiais poliméricos de baixo custo, do mesmo tipo que é tradicionalmente empregue no fabrico de luvas cirúrgicas, para obter nano filtros capazes de reter os elementos mais prejudiciais para a saúde humana.
Estes elementos, de diâmetro inferior a 2.5 mícrones, também conhecidos como PM2.5, são os principais responsáveis pela avalanche de doenças respiratórias dos habitantes de algumas das cidades mais poluídas da Ásia, como Pequim.
O polímero utilizado foi a poliacrilonitrila (PAN), um composto sintético predominantemente amorfo e com boa resistência a agentes químicos agressivos.
A equipa de engenheiros utilizou PAN no estado líquido para obter fibras, agrupadas numa disposição semelhante a uma teia de aranha, com um diâmetro mil vezes inferior ao de um cabelo humano.
Os ensaios efetuados ao material assim fabricado indicam uma taxa de retenção de partículas PM2.5 de cerca de 99%.
Além disso as fibras conseguem reter, ao longo do tempo, cerca de 10 vezes o seu peso em partículas nocivas, o que permite que os filtros funcionem na sua máxima eficiência, nesta primeira geração, durante pelo menos uma semana.
Além de filtros para edifícios residenciais ou hospitais, a tecnologia pode ser aplicada a máscaras respiratórias ou, devido à sua transparência, a telas de proteção de janelas, entre outros.
Fonte: Engenharia Civil