O Brasil abriu 19.282 vagas de trabalho com carteira assinada em março, depois de três meses seguidos em que mais postos foram fechados do que criados. O último resultado positivo tinha sido em novembro, com 8.381 novas vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (23/04).
O resultado foi melhor do que o do mesmo mês de 2014, quando 13.117 vagas foram abertas, e surpreendeu as expectativas do mercado. Antes da divulgação, pesquisa feita pela Reuters com analistas mostrou que a mediana das expectativas apontava fechamento de 25 mil empregos no mês, sendo que não havia projeção de abertura de vagas.
Em fevereiro, o Brasil tinha registrado o fechamento de 2.415 vagas com carteira assinada. O resultado foi o pior para o mês desde 1999, quando foram cortadas 78.030 vagas. Por outro lado, mostrou forte desaceleração no fechamento de vagas em comparação com janeiro, quando 81.774 postos fecharam.
Mesmo com o resultado positivo em março, no acumulado de 2015 o saldo ainda é negativo, com fechamento de 50.354 empregos na série ajustada (que conta informações declaradas pelas empresas fora do prazo). O saldo também é negativo na soma dos resultados dos 12 meses anteriores a março. Nesse total, foram eliminadas 48.678 vagas.
O setor de serviços impulsionou o saldo positivo total de vagas registrado em março, com 53.778 novos postos. Administração pública (3.012), comércio (2.684) e serviços industriais de utilidade pública (652) também abriram postos.
A construção civil foi a que mais fechou postos: 18.205 no total. A indústria de transformação (-14.683), agropecuária (-6.281) e extrativa mineral (-1.675) também tiveram resultados negativos.
Por região, 11 Estados tiveram saldo positivo de empregos, com destaque para São Paulo, com 12.907 vagas. Em comparação com o mês anterior, porém, o resultado paulista foi estável, com variação positiva de 0,1, a oitava maior entre as 27 Unidades da Federação. Goiás foi o que teve maior variação positiva, de 0,5% em relação ao número de empregos formais registrados no mês anterior. Pernambuco teve o pior resultado absoluto, fechando 11.862 postos. A Paraíba foi o Estado com maior variação negativa, de 1,35%.
Fonte: UOL Economia - Empregos e Carreiras