O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), defendeu, em algumas oportunidades, que os municípios goianos retomem a concessão do sistema de água e de coleta de esgoto sanitário, por entender que a municipalização oferece celeridade no oferecimento desses serviços à população.

O posicionamento muito bem embasado do prefeito iniciou discussões em todo Estado sobre a municipalização, sobre a atual situação econômica da Saneago e sobre as subdelegações feitas pela concessionária nos municípios de Aparecida de Goiânia, Jataí, Rio Verde e Trindade.

No ano de sua posse, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT) afirmou que haveria interesse da prefeitura em retomar da Saneago a concessão dos serviços de água e esgoto. De acordo com o prefeito, essa seria uma ação necessária para cumprir um dos compromissos assumidos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em convênio para o projeto Goiânia Cidade Sustentável.

Desde então, o vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) ficou responsável por coordenar um estudo a fim de verificar a possibilidade da retomada desses serviços por parte da prefeitura. O estudo foi terminado e um relatório entregue nas mãos de Paulo Garcia. Porém, o prefeito ainda não teve hábil para analisar a proposta e, por isso, não quis comentar o assunto.

Há de se analisar que o contrato de concessão dos serviços de saneamento com a Saneago vai até 2023. Se retomar o fornecimento, a prefeitura terá de pagar a indenização, além de investir pesado na manutenção e estruturação desses serviços, uma vez que a cidade tem mais 1 milhão de habitantes. Dinheiro não deverá ser problema. Como o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) afirmou à época das primeiras declarações, a prefeitura tem condições de manter o sistema funcionando e ainda melhorá-lo.

O que ficam são dois grandes questionamentos: a Prefeitura conseguirá manter o preço da tarifa ou baixá-lo, como disseram os gestores de outros municípios? E o que será da Saneago se perder a concessão da maior cidade do Estado?

Fonte: Jornal Opção