Uma equipa de investigadores do Instituto de Tunelamento e Gestão da Construção da Universidade de Bochum, na Renânia do Norte-Vestfália, está a estudar novas formas de tornar o betão projetado (shotcrete) mais robusto.

Para isso os investigadores alemães recorreram à integração, em muito elevadas percentagens, de fibras de aço naquele material.

A nova formulação, que prevê uma integração de 140 kg de fibras de aço e 3 kg de fibras sintéticas por metro cúbico de betão – um valor até agora considerado impraticável – é dirigida ao betão projetado utilizado na proteção de estruturas críticas, como pontes e túneis.

O limite máximo de integração de fibras no shotcrete tradicional é de 70 kg/m3, por uma boa razão.

Acima desse valor a argamassa torna-se demasiado densa e rígida para que possa ser bombeada e projetada de uma forma eficiente.

Para ultrapassar esta barreira, aparentemente intransponível, os engenheiros da Universidade de Bochum desenvolveram uma técnica de aplicação que passa pela injeção prévia de ar comprimido na argamassa, de forma a que cerca de 20% da mistura seja composta por bolhas de ar.

De acordo com os engenheiros, estas bolhas facilitam a deslocação das fibras no seio da mistura, suavizando o movimento através das tubagens e passagem no bocal, tornando prática e eficiente a operação de projeção do betão.

Assim que o betão passa pelo bocal do canhão de ejeção é adicionado automaticamente um aditivo antiespumante que permite a extração do ar do betão.





Fonte: Engenharia Civil