Utilização de Blocos de Geoespuma na Minimização de Assentamentos em Solos Compressíveis
Investigadores do Centro de Infraestruturas Civis Sustentáveis e Resilientes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Texas em Arlington estão a estudar formas alternativas de reduzir as deformações, decorrentes de assentamentos diferenciais, em estruturas construídas sobre solos moles e compressíveis.
Um dos métodos que está a produzir melhores resultados é a utilização de blocos de geoespuma de grandes dimensões, que servem de interface entre a estrutura e o terreno.
As geoespumas são geossintéticos compostos por poliestireno expandido ou poliestireno extrudido, geralmente disponíveis em blocos leves. São utilizadas tradicionalmente tanto para isolamento térmico de edifícios como em aplicações geotécnicas, tais como o enchimento de aterros ou como interface compressível em fundações e muros de suporte.
Embora potencialmente aplicável a outros tipos de estruturas de Engenharia Civil, o estudo da Universidade do Texas incidiu nas infraestruturas rodoviárias e em particular na zona de transição, em secção corrente de autoestradas, entre a plataforma viária e as obras de arte.
Isto porque uma percentagem significativa das zonas de aproximação às cerca de 52 mil obras de arte rodoviárias do Estado do Texas sofre de problemas relacionados com assentamentos diferenciais.
Nos trechos de teste executados, os blocos foram distribuídos em várias camadas em toda a largura da plataforma, sendo depois recobertos com solo. Após compactação foram executadas as camadas de pavimento.
O estudo, financiado pelo Departamento de Transportes do Texas, permitiu concluir que a utilização de blocos de geoespuma é o método que permite obter melhores resultados para as características geológicas e de tráfego do Norte do Texas.
Fonte: Engenharia Civil