Iniciadas em 2007, as obras de saneamento incluídas pelo governo federal sob a sigla PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), seguiram devagar a ponto de terem concluído menos de três entre cada dez projetos anunciados ao final de 2014 nas cidades consideradas grandes - com mais de 500 mil habitantes.
De acordo com levantamento do instituto Trata Brasil, dentre as 337 obras projetadas, somente 98 haviam sido concluídas - ainda assim, 19 (uma em cada cinco destas) ainda tinha pendências.
'Geralmente, são licenciamentos ambientais ou questões burocráticas sem as quais, as obras, mesmo concluídas, não são postas em funcionamento', explicou ao o químico Édison Carlos, presidente do instituto.
A burocracia, segundo ele, tem sido o principal entrave para o aumento da lentidão entre a primeira e a segunda fase do PAC Saneamento, lançado em 2011.
Para se ter ideia, do PAC 2, só 2% das obras de saneamento haviam sido concluídas, enquanto todas as do PAC foram, ao menos iniciadas. 'Como na primeira fase, houve muitas obras questionadas na Justiça por falta de licenciamento, na segunda, o Ministério das Cidades aumentou o rigor', aponta Édison Carlos.
Somando obras concluídas ou em andamento normal, a proporção, na média das duas fases, não chegava nem à metade: 48%. As outras 52% tinham problemas.
Fonte: Instituto Trata Brasil