Uma equipa de investigadores do Instituto de Nano Sistemas da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) desenvolveu uma técnica que permite atenuar a libertação de dióxido de carbono durante o fabrico do cimento.

A tecnologia passa pela captura e reutilização daquele gás nocivo, que representa sensivelmente 82% dos gases de efeito de estufa, potenciando a redução da poluição do meio ambiente decorrente da atividade da indústria cimenteira e de todo o setor da construção.

Todos os anos são fabricadas, a nível mundial, cerca de 5 mil milhões de toneladas de cimento Portland e por cada tonelada produzida, é libertada para a atmosfera quase uma tonelada de dióxido de carbono. Globalmente a indústria cimenteira é responsável por 7% das emissões de dióxido de carbono.

Durante o fabrico do cimento é o processo de calcinação calcária, por envolver a geração de temperaturas muito elevadas, um dos grandes culpados da libertação de gases nocivos.

Cerca de 65% do CO2 é libertado durante essa fase e 35% em resultado da queima de combustível para o aquecimento, a 1500 graus centígrados, da cal e sílica para a obtenção de silicato tricálcico.

O processo desenvolvido pelos investigadores da UCLA consiste na captura do dióxido de carbono libertado durante a calcinação e sua combinação com hidróxido de cálcio para obter calcário. Isto cria um ciclo produtivo mais limpo, que não envolve a libertação de CO2.

Além disso, o novo processo tem um efeito secundário positivo, reduzindo, em 50%, a quantidade de calor envolvida no ciclo de produção do cimento.



Fonte: Engenharia Civil