Investigadores dos Laboratórios Nacionais de Sandia, nos EUA, estão a estudar novos processos de descontaminação de estruturas de concreto que estiveram expostas a agentes poluentes ou tóxicos. Estes processos poderão permitir uma limpeza mais barata, rápida e profunda, sem necessidade de recurso a técnicas destrutivas.

O projeto, financiado pelo Programa de Desenvolvimento & Investigação Dirigida dos Laboratórios Nacionais de Sandia, faz uso intensivo de simulações computacionais para a análise da forma como os agentes químicos se embeberam e ligaram ao concreto.

Estas simulações computacionais avançadas permitem que os investigadores obtenham detalhes específicos, sobre os complexos fenômenos envolvidos, que não são acessíveis através de uma tradicional análise experimental.

Devido à sua constituição química e porosidade, o concreto é um material muito difícil de limpar. No seu interior existem poros que servem de abrigo seguro aos agentes químicos. Estes não são alcançáveis através de uma simples limpeza superficial.

A procura pela solução otimizada de limpeza de um determinado agente poluente passou, numa primeira instância, pela caracterização detalhada da forma como este reage, ao longo do tempo, em contato com o concreto.

A modelação do comportamento do agente e da sua interação com o material de construção permitiu correr uma bateria de ensaios computacionais que determinou a escolha dos processos ótimos de descontaminação do concreto exposto a um tipo específico de poluente.

A abordagem dirigida, desenvolvida em modelos construídos à nano escala permitiu uma rápida avaliação da eficácia das diferentes soluções de limpeza e descontaminação e a compreensão de fenômenos complexos de transporte de agentes químicos poluentes no seio do concreto.

Fonte Imagens: Laboratórios Nacionais de Sandia | Imagem (adaptada): via Laboratórios Nacionais de Sandia

Fonte: Engenharia Civil