Batizado como Yara Birkeland, o primeiro navio autônomo e elétrico começará a navegar no segundo semestre de 2018, tendo a função de levar produtos de uma fábrica de fertilizantes de Porsgrunn até as cidades de Brevik e Larvik, na Noruega. Operando exclusivamente nessa rota, um trajeto de pouco mais de 22km, o navio deverá substituir 100 caminhões, que fazem cerca de 40 mil viagens anualmente.
Yara Birkeland foi batizado em homenagem ao cientista norueguês Kristian Birkeland, que também dá nome a correntes de plasma supersônicas na porção superior da nossa atmosfera, descobertas por ele.
O navio ainda passará por uma etapa de testes para que seus sistemas e segurança sejam avaliados, com marinheiros e comandante a bordo. Os engenheiros responsáveis pela construção do navio têm a intenção de que ele passe para uma operação remota em 2019 e se torne totalmente autônomo, ou seja, que não necessite de nenhum condutor humano, em 2020. Por ser totalmente elétrico, o navio também será mais ecologicamente correto.
Yara Birkeland possui 70 metros de calado e 4.500 toneladas de porte bruto, podendo atingir até 18,5 km/h (10 nós), mas deverá operar em velocidade de cruzeiro de 11 km/h (6 nós).
Seu funcionamento será através do impulso por dois mecanismos azimutais, onde o motor inteiro se movimenta para fazer o navio virar. Seu conjunto de baterias pode prover até 4 MWh, e as baterias serão recarregadas enquanto o navio permanece nos terminais para carga e descarga. O carregamento e descarregamento do navio também serão automatizados.
A navegação autônoma acontecerá através de um extenso número de sensores redundantes, incluindo câmeras no visível e no infravermelho, radar, lidar e AIS (sigla em inglês para Sistema de Identificação Automática), um sistema de monitoramento de curto alcance já utilizado em navios e serviços de tráfego de embarcações.
Fonte de conteúdo e imagem: Inovação Tecnológica