A leitura da mente é um dos poderes mais populares na ficção científica e é uma habilidade que muitas pessoas desejam. Se tivéssemos a habilidade de saber o que os outros estão realmente pensando, seria possível ter muitas vantagens tanto no campo pessoal e profissional.

Nos últimos anos, cientistas tem pesquisado métodos para descobrir pensamentos humanos através de interfaces de um cérebro-computador, e eles tem obtido avanços em gravar e interpretar ondas cerebrais em uma primeira aproximação para aprender certos padrões que permitem a ler a mente.

No entanto, as redes neurais continuam a provar sua utilidade no nosso dia a dia, e o que as empresas de tecnologia chamaram de inteligência artificial continua a nos surpreender com suas aplicações na vida cotidiana.

Um grupo de pesquisadores de Carnegie Mellon University (USA) desenvolveram uma inteligência artificial mais complexa. Esse novo sistema traz os algoritmos da rede neural a um novo nível: lendo uma mente humana, de acordo com um estudo publicado pela equipe de pesquisadores.

A equipe realizou um trabalho de engenharia dos sinais enviados pelo cérebro para que uma dessas inteligências artificiais possa ler pensamentos complexos, simplesmente olhando uma ressonância magnética do cérebro humano.

Eles conseguiram isso através da coleta de informações de uma máquina de imagem de ressonância magnética funcional. Essa informação é apresentada aos algoritmos de aprendizado da máquina, que detectam os padrões de ativação do cérebro e a forma como eles ativam ao criar pensamentos complexos.

Através desse estudo, a equipe de desenvolvedores foi capaz de demonstrar quais regiões do cérebro foram ativadas e como elas o fizeram ao processar 240 eventos complexos que variam de pessoas a lugares e até mesmo ações físicas e interações sociais
Compreendendo esses gatilhos permite que o algoritmo usasse essas ressonâncias magnéticas para prever o que o cérebro do paciente estava pensando naquele momento, chegando a conectar os pensamentos individuais a uma frase coerente.

O estudo demonstrou que o algoritmo tem a capacidade de prever os pensamentos verdadeiros e corretos dos pacientes através da análise de sua ressonância magnética, com um grau de certeza de 87%.

Além disso, o sistema pode fazer o oposto: receber uma frase para criar uma imagem correta de como o cérebro humano deveria sido ativado para criar.

"O cérebro humano funciona combinando conceitos individuais em pensamentos complexos. Por exemplo: ‘ele não pensa apenas em frutas, mas em 'gosto de comer frutas à noite com minha família'", explica Marcel, o líder do trabalho, que acrescentou que "pela primeira vez, foi possível decodificar pensamentos que contêm vários desses conceitos".


Fonte de conteúdo: Techviral
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