Os rumos do Sistema Confea/Crea e Mútua para os próximos anos serão definidos na tarde deste sábado, 21/9, durante a Sessão Plenária Final do Congresso Nacional de Profissionais. Antes disso, alguns dos delegados registraram suas percepções sobre o evento. Confira:
Engenheira civil, Stefanie Silva entende que, após terem passado pelas etapas regionais, estaduais e de sistematização, as propostas que chegaram ao CNP são de grande relevância para quem está interessado na melhoria da Engenharia brasileira. "Sinto-me honrada e feliz ao ver minha proposta ter chegado até aqui", afirmou a delegada por Minas Gerais, que fez proposição a respeito da busca por tornar a Engenharia carreira típica de Estado. "Isso vai influenciar muito a vida dos profissionais. Terá um impacto grande no mercado de trabalho e na valorização do engenheiro", acredita Silva, que integrou o Grupo Verde.
Participante pela primeira vez do CNP, o engenheiro de pesca José dos Santos, integrante do Grupo Amarelo, compartilhou sua visão sobre a importância do Congresso: "tem uma força enorme, uma grande representatividade profissional. É um momento em que se colocam em apreciação as propostas que refletem o sentimento da Engenharia nacional".
A delegada pela Paraíba Cândida Andrade acredita que os debates realizados no CNP representam um avanço na atuação profissional. "Foram discutidas várias propostas relativas a governança da política de infraestrutura brasileira sob a ótica da Engenharia", destaca a engenheira, integrante do Grupo Cinza, antes de enaltecer as ações parlamentares que o Confea vem promovendo. "Através dessa ferramenta, podemos discutir sobre políticas públicas e entidades de classe". Andrade aproveitou a oportunidade para parabenizar o Confea pelo lançamento do Programa Mulher do Sistema, realizado durante a 76ª Soea.
Ao reconhecer o CNP como um momento "muito importante, quando se debatem propostas de grande valia para o Sistema Confea/Crea e Mútua", Romulo da Silveira Paz, também delegado pela Paraíba, lamentou a falta de debates sobre políticas ambientais. "Não podemos ficar calados diante da portura do Brasil na Agenda da ONU sobre clima. Isso é muito importante para o mundo inteiro", completou Paz, integrante do Grupo Preto.
Já o engenheiro eletricista João Barros tem outra percepção: ele acredita que o meio ambiente apareceu nos debates, quando se discutiram energias renováveis. "A questão da ameaça da extinção dos conselhos também foi bem discutida também, e, dentro das propostas, buscamos enaltecer a valorização do profissional", destacou Barros, que integrou o Grupo Laranja.
Participante do Grupo Azul, Ari Geraldo Neumann avaliou terem sido positivas as discussões sobre formação e valorização profissional. Por outro lado, criticou a falta de definições quanto a ensino a distância e sobre a criação de um exame de proficiência. "Esse assunto está em todos os CNPs, é uma reivindicação antiga", avalia o profissional, delegado por Santa Catarina.
Calouro do CNP, o engenheiro eletricista Lenaldo Almeida é da opinião de que tem faltado postura visionária para a nova realidade brasileira. Para ele, os temas prioritários devem ser o salário mínimo profissional, o ensino a distância, a grande dependência do setor governamental e a pouca cultura da Engenharia para sustentabilidade. "O engenheiro nasceu para ser empregado. Isso precisa mudar", defende Almeida, membro do Grupo Rosa.
Fonte de texto: Confea