O termo patologia aplicado na engenharia se refere as falhas e defeitos que comprometem o desenvolvimento das construções. Esses problemas normalmente são com eflorescências, fissuras e corrosão de armaduras, que podem ter origem em erros de projeto e de planejamento, bem como em desvios na execução e em condições de uso e manutenção inadequadas.

De acordo com o engenheiro Cesar Henrique Daher, presidente da Associação Brasileira de Patologia das Construções, quando se trata de eflorescências elas podem aparecer na forma de manchas esbranquiçadas na superfície da estrutura e geralmente são causadas pela percolação da água através da estrutura do concreto.

No caso das fissuras a razão para o aparecimento delas na obra podem ser por falhas executivas, como excesso de aglomerantes no concreto, reações expansivas, falta de armadura, deformações estruturais, além de incompatibilidade entre os materiais.

Já a corrosão de armaduras normalmente é consequência da carbonatação e/ou penetração de cloretos em concretos porosos.

Como evitar as patologias nas obras?


As patologias podem ser evitadas desde que haja projetos detalhados, uso de materiais adequados e mão de obra treinada, assim como a obediência às normas técnicas vigentes, na qual, são essenciais para evitar as manifestações patológicas.

Para não acontecer falhas de execução o controle tecnológico do concreto e boas práticas de concretagem ajudam a evitar problemas como eflorescências e ninhos de concretagem.

Essas são algumas estratégias necessárias na obra, mas, não é só isso. O engenheiro, Cesar Henrique, explica que é preciso ter uma gestão tecnológica das estruturas de concreto, que começa na fase de projeto, durante as especificações.


"Junto com os demais projetistas, o engenheiro especialista em tecnologia do concreto deve participar das especificações do produto visando a maior vida útil possível, definindo não somente um controle de execução, mas também o plano de inspeções periódicas e de manutenções preventivas", comenta o engenheiro.

Reparos em estruturas


Para diagnosticar manifestações patológicas em estruturas de concreto existem vários métodos, desde ensaios destrutivos até ensaios não destrutivos. Também há múltiplas soluções capazes de corrigir problemas na obra.

Os reparos estruturais são recomendados em situações que necessita corrigir falhas que ainda não afetaram as propriedades mecânicas da estrutura. Já os reparos superficiais podem ser feitos com a retirada do concreto contaminado, tratamento das armaduras, estucamento de argamassas poliméricas, pinturas hidrofóbicas, epoxídicas ou poliméricas, entre outros métodos. Nos casos de reparos profundos é usual trabalhar com graute no lugar de argamassas poliméricas, além de injeções de poliuretano para estancar grandes percolações de água.

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Fonte: AEC web

Imagem: Envato Elements