Quando a construção de uma casa localizada em cima de uma árvore inicia é comum que pregos e parafusos sejam usados para ajudar sustentar a habitação, mas, não foi dessa forma tradicional que a empresa de arquitetura chamada Penda idealizam. Os criados da casa na árvore conseguiram projetar um modelo que utiliza apenas cordas e hastes de bambu em sua construção.


O design conceitual da casa rendeu o segundo lugar na categoria de projeto de arquitetura do ano, no A’Design Awards. Entretanto, a habitação por enquanto não foi construída, mas o protótipo, mostrado em um pequeno modelo, já mostra os detalhes do sistema de bambu modular.


O projeto está sendo chamado de "Rising Canes", uma vez que os canos de bambu seriam empilhados uns em cima dos outros para formar a casa. Espera-se que modelos maiores sejam construídos em Pequim, já que a empresa de arquitetura possui sede lá. Além disso, a expectativa é construir em um lugar em que cerca de 20 mil pessoas poderiam viver. Para isso, seriam utilizados bambus reciclados e de origem local, provocando pouco impacto ambiental, de acordo com a equipe.


As hastes de bambu seriam presas com cordas, ao invés de pregos, para formar as articulações. Oito dessas hastes iriam compor o que os criadores chamam de "nó", que, colocados em série, seria usado para criar as paredes de bambu entrelaçados. Já o piso seria feito de hastes dispostas lado a lado.

Esse sistema modular permitiria que novas camadas fossem construídas separadamente, para depois serem adicionadas à estrutura. Conforme mais camadas de bambu fossem adicionadas, a casa na árvore poderia funcionar como um complexo de pequenos apartamentos, com cerca de 3 metros de altura.


Diferente dos edifícios convencionais, o design da construção permitiria que as plantas locais crescessem de forma natural sobre os apartamentos. E, pensando além da sustentabilidade proporcionada, os criadores da casa da árvore pretendem plantar para cada colmo de bambu utilizado na construção, mais dois, criando uma floresta de bambu em torno do complexo.

Segundo a empresa Penda, o sentimento de deixar a vida na cidade e conectar-se a natureza, "foi a força motriz" do projeto. Eles também esclarecem que cerca de 20 famílias serão capazes de morar no primeiro edifício quando concluído e é isso que eles esperam que aconteça nos próximos anos. Em 2023 a estrutura seria expandida em um complexo de mais de 100 hectares.

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Fonte: Jornal Ciência

Imagem: Jornal Ciência